Capitulo 6 - Parte 2 - Um pouco menos calmo

Capitulo 6 - Parte 2

Tudo era cinza... sons cinzas, cheiros cinzas, líquidos eram cinza, e claro, as cores eram apenas tons de cinza.

Nada tinha vida...

Tudo era sem graça...

Nada era divertido...

...

Porem, algo de diferente aconteceu, de repente...

Verde

Tudo havia mudado, as cores cinzas aviam se tornado verdes e vivas, com o que parecia um milagre, ou até mesmo uma dadiva, todos estavam se banhando nesse mar de novas cores até que a harmonia foi quebrada...

Vermelho

Uma onda de vermelho havia coberto todo o verde, deixando todos preocupados, pensando coisas como "para aonde foi aquela cor tão linda" "Quando ela vai voltar" "Porque essa cor maléfica roubou nossa esperança"

Então, o que por um momento era apenas felicidade diversão e esperança, havia se tornado em um mar de desespero e raiva, a visão de todos começou a embasar, seus tímpanos a estourar e tudo começou a ficar preto

...

Po acorda tremendamente assustado, quase caindo da cama do jeito que pulou da mesma assim que acordou.

Nisso para poder se acalmar ele decide se concentrar em seu quarto para poder manter sua mente ocupada trabalhando numa coisa fora dos seus sonhos...

O quarto do Po é extremamente simples e aconchegante, com uma cama pequena para o seu tamanho dado que ele cresceu assustadoramente nos últimos messes. Ao lado da sua cama a um criado mudo com uma legião de desenhos nunca terminados em seus cadernos de rabiscos, que foram estrategicamente posicionados para que ele pudesse colocar outras coisas em cima. Próxima a porta de seu quarto a uma pequena mesa, com espaço o suficiente para as 4 canecas que foram deixadas em dias diferentes com pequenos restos de líquidos diferentes de cada fundo de caneca, onde ao lado esta seus livros, cadernos escolares e mais e mais folhas de desenhos, especificamente posicionadas com pilhas de finalizados, em processo de desenho e abandonados. Próximo ao pé de sua cama e consequentemente o seu próprio pé, está o armário de Po, contendo vários desenhos traçados pendurados em suas portas, com uma pilha de coisas que nem ele se lembra em cima de seu armário...

Após sua alma voltar para o seu corpo, Po decide ir para tomar um café da manhã antes de ir para um funeral...

O pai de Po, da cozinha pergunta para ele se vai querer ovos ou um café, com ele respondendo que um café seria melhor para o momento, e manter sua cabeça olhando para frente com a cafeína e não cair no chão do nada.

...

Algum tempo se passa e ele e seus pais estão prontos para ir, porem, antes de ir, Po decide levar uma pequena flor que ele usava como marca texto de seus livros para poder deixar no caixão, imaginando como se parte de si mesmo estivesse lá...

Já no funeral, todos estão dando suas condolências, até que chega na vez de Po, que praticamente cochicha no ouvido de sua já falecida bisavó...

  • Provavelmente não fui o melhor bisneto mas eu sempre te amei, e espero que isso possa ir junto com você, seja lá aonde você estiver indo...

E com essas palavras vazias, ele deixa o caixão para a próxima pessoa desse sua condolência, e enquanto um de seus parentes dava um discurso sobre a sua bisavó para todos ouvirem...

POV Po:

Todo funeral tem essa pessoa, todo funeral, todo e qualquer tipo de evento tem que ter esse alecrim dourado que decide chamar a atenção de todos para ele. Me enfureceria se eu já não estivesse planejado para o dia de hoje, por isso não tenho tempo nem vontade de espalhar os segredos sobre a traição dele.

...

  • Meio dia... Hora de tentar seguir a tradição infernal de família.

Po casualmente sai de sua casa apenas dando um berro extremamente alto dizendo que...

  • VOU IR NO PARQUE DAR UMA CAMINHADA!

Para seus pais, enquanto ele ja estava saindo da porta de casa...

No caminho os seus pensamentos foram a loucura com o que ele estava prestes a fazer...

POV Po:

Bem... Meu pai estava certo, essa estupida "tradição" de família realmente existe pelo visto. Todo filho homem da família depois de completar 16 anos tem um interesse tirado do cu para experimentar um cigarro, e como a maioria sempre teve cara e altura de mais de 18 anos, sempre conseguiam os cigarros com uma facilidade assustadora. E pelo visto agora é a minha vez...

Porém, algo roubou sua atenção no caminho para o mercado, que foi uma camiseta com estampa de dado nas costas, de uma pessoa que ele ja conhecia,

Indo em direção a um 𝕔𝕒𝕣𝕣𝕠...

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